Adoecer é exercício de aceitação,
É acolher dor, des(espero) e sofrimento
dos mais sórdidos e violentos
Que me fazem companhia no hospital.
Nesse lugar feito de paredes frias
Estéreis de cor e de vida,
Onde vários olhares de especialistas,
Arrogantemente,
Demonstram piedade e com(paixão).
Vejo-me sem vergonha de gritar,
Fazendo um grupo de pacientes acordar,
E verem eu, fantasma de camisola,
Com totais costas de fora,
Chorar pedindo ajuda.
Adoecer faz-me implorar a qualquer um
Que leve imediatamente a dor embora,
Com a morte ou com a cura,
É idealizar poderes sublimes
A um ser humano.
Não obstante, como tudo na vida passa,
Um dia apago quase tudo com (borra)cha,
E só resta os seguintes apontamentos:
Que não sou tão in(dependente) como penso,
Que eu preciso de vocês.
Para todos que me acolhem quando eu mais preciso.
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