sábado, 24 de janeiro de 2009

Tatuagem - parte I


Adoro tatuagens! É uma das artes mais originais que eu conheço: mistura perfeita entre desenhos e corpo humano. Tatuagens demarcam nossas vidas, estão sempre contando histórias. Elas são cicatrizes voluntárias que reafirmam nossas identidades.


Há alguns anos, disse para minha mãe:
- Mãe, vou fazer uma tattoo no pescoço.
- Não faça isso. Você só tem 15 anos. E se você se arrepender?
- É, realmente isso pode acontecer. Entretanto, olha quantas cicatrizes que eu tenho que eu não gostaria de ter. Eu tenho uma na testa, de quando eu cai na quina da escada, outra no abdômen, da última cirurgia que eu fiz... Mãe, tenho várias cicatrizes que eu não gostaria de ter e que vão marcar o resto da minha vida. Por que eu não posso ter uma cicatriz que, pelo menos, em um momento da minha vida eu quis?
Ela sempre vai estar participando na formação da minha personalidade. Eu sou "eu" hoje porque eu tive um passado no qual a tattoo está incluída.

Contudo, isso não quer dizer que eu vá viver só de nostalgias. O mais importante é aproveitar o presente. Não gosto de pessoas que ficam cultuando “cicatrizes”, se exibindo. Todavia, detesto ainda mais aquelas que não aceitam as marcas da vida (rugas, tatuagens, cicatrizes) e fazem outras marcas para destruir as antigas, ou seja, apelam para cirurgia plástica. Não tenho vergonha do que fiz. Amo minhas cicatrizes. Não trocaria nada do meu passado porque o presente não seria como é hoje: perfeito para mim.

Semana que vem, eu farei outra tattoo retratando esse momento da minha vida. Mostro quando estiver pronta.



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